...mas tão bom na mesma!
Cat Power
28/05/08
Coliseu do Porto
Esta Chan ao vivo vale umas mil vezes mais.
Animal Collective
27/05/08
Porto
Se eu tivesse pago 25€ para ir a este concerto, estaria bem mais que desiludida.
Aliens in America foi uma das novas séries da temporada que agora finda.
Uma comédia leve, com episódios de vinte minutos, sobre uma típica família americana que decide acolher um estudante estrangeiro para melhorar os índices de popularidade do filho mais velho, de dezasseis anos. Esperando um jovem nórdico, alto e louro, os Tolchuck ficam surpreendidos quando lhes aparece o oposto: Raja, um paquistanês muçulmano.
É esta a premissa para o desenrolar de uma série de situações onde se demonstra a ignorância da cultura americana em relação ao exterior, no ambiente de high school dos subúrbios.
Embora não seja a maior obra-prima alguma vez feita, a série cumpria os seus objectivos, e era um bom pedaço de entertenimento. Infelizmente não foi renovada, e o último episódio foi para o ar a semana passada. Os donos deste estaminé lamentam essa decisão...
Cat Power - The Greatest (2006)
Enquanto espero, ansiosamente, pela passagem de Chan pela cidade do Porto, vou ouvindo este The Greatest ou o fantástico Jukebox.
Artistas Semelhantes: Sia, Feist
High Fidelity – Alta Fidelidade (2000)
De: Stephen Frears
Com: John Cusack, Iben Hjejle, Todd Louiso, Jack Black
Rob Gordon (Cusack) é um trintão dono de uma loja de discos, que após ser abandonado por mais uma namorada, elabora uma lista das suas cinco piores separações, e começa um processo de avaliação para perceber a razão do seu insucesso amoroso. Ao mesmo tempo vamos assistindo a uma homenagem à música através do que se ouve na sua loja. Nomes como Bob Dylan, The Velvet Underground ou Bruce Springsteen encabeçam uma magnífica e ecléctica banda sonora.
Black Books, britcom com apenas três épocas, de seis episódios cada, só desilude por isso mesmo. Os dezoito episódios são sempre excepcionalmente hilariantes na livraria do Mr. Black, na companhia de Fran e de Manny.
Manny (Bill Bailey) torna-se, por acaso, contabilista da livraria, acabando por fazer todo o trabalho que lá aparece. Ser ingénuo é a sua maior característica, é completamente explorado pelo patrão, e por isso acaba por ser adorado por todos.
Fran (Tamsin Greig) representante do sexo feminino na série, é a amiga de longa data de Mr. Black. Passa a maior parte do seu tempo com os amigos, e sempre com uma garrafa de vinho na mão, seguindo o bom exemplo de Bernard.
Por fim, Bernard Black (Dylan Moran, que também foi o criador da série, passa com esta personagem de quase desconhecido a um dos meus heróis da ficção). Bernard (constantemente embriagado) não quer saber do que as pessoas pensam, não gosta dos livros, não gosta dos clientes, e faz-nos, muitas vezes, acreditar que nem dos amigos gosta. Com um humor cruel, desajeitado, e de certa forma mimado, - e um cabelo quase tão interessante como o do Javier no Este País Não é Para Velhos - a rendição é obrigatória.
Seinfeld - O Roubo - 1ª Época
Gregory House é a personagem mais estimulante da televisão, e a season finale da quarta temporada da série, cujo segundo de dois episódios foi ontem para o ar nos Estados Unidos, é uma das melhores a que já assisti.
Com um começo alucinante, o final da temporada mostra-nos uma situação inesperada que põe em causa a relação de House com Wilson e que o obriga a ficar mais vulnerável e a demonstrar os sentimentos que normalmente esconde.
Tal como na temporada anterior, muita coisa fica em aberto para a seguinte, o que obriga a não desviarmos a atenção do médico mais cool de sempre.
Manoel de Oliveira, Palma de Ouro em Cannes.
Sufjan Stevens - Illinois (2005)
Sufjan Stevens é um dos mais criativos músicos desta geração, e Illinois é o expoente máximo do seu trabalho.
Um álbum invulgar com vinte e duas músicas, onde composições épicas se cruzam com outras simples e minimalistas. Destaque para o melhor nome de canção de sempre: The Black Hawk War, or, How to Demolish an Entire Civilization and Still Feel Good About Yourself in the Morning, or, We Apologize for the Inconvenience, But You're Going to Have to Leave Now, or, "I Have Fought the Big Knives and Will Continue to Fight Them Until They Are Off Our Lands!"
Artistas semelhantes: Iron & Wine, The Decemberists, Andrew Bird
Anchorman: The Legend of Ron Burgundy - O Repórter: A Lenda de Ron Burgundy (2004)
De: Adam McKay
Com: Will Ferrell, Christina Applegate, Steve Carell
Um grupo de quatro jornalistas vê o seu território ser invadido por uma mulher com grande talento. Com um Will Ferrel trapalhão e engraçadíssimo e, sendo eu, assumidamente, uma fã do Steve e da sua habilidade para fazer rir, decido deixar-vos esta comédia que, não sendo uma obra de arte, atinge facilmente o objectivo a que uma comédia se propõe, à partida, atingir.
Os Death Cab For Cutie, uma das mais respeitadas bandas no universo da música independente, acabam de lançar o sétimo álbum de estúdio.
Mantendo-se fiéis à sua essência de sempre, sem arriscar muito, Narrow Stairs é ainda assim um registo menos melancólico que o habitual, por vezes até alegre, e sempre muito competente. Destaque para o primeiro single, I Will Possess Your Heart, uma excelente música de oito minutos com uma linha de baixo memorável.
Apesar de já não ser o som mais fresco, é sempre bom ouvir as novidades da banda de Ben Gibbard.
The National
Aula Magna - Lisboa
11/05/08
Olhando para trás, lembro-me de muito poucos concertos onde a comunhão entre a banda e o público fosse tão grande como aconteceu ontem na Aula Magna.
Os The National tinham o concerto na mão à partida. Quase como que num ritual de agradecimento por fazerem música tão boa, os presentes naquela sala mostraram desde a primeira música que estavam ali para dar à banda de Cincinnati uma recepção memorável.
Apesar do aspecto demasiado formal da sala para um concerto rock (facto que o vocalista comentou com excelente ironia), e de terem faltado algumas músicas que queria muito ouvir, a energia que se sentiu ontem fez esquecer tudo isso.
Ver Matt Berninger em cima das cadeiras dos doutorais a cantar "I used to be carried in the arms of cheerleaders" enquanto era apoiado pelas mãos dos espectadores em êxtase é para mim um momento que entra para o topo das experiências em concerto...
Fotos de Ângela, texto de André
Carlos Paredes - Movimento Perpétuo (1971)
Na grande aventura que é conhecer a música portuguesa, deparo-me com o magnifico Carlos Paredes. Movimento Perpetuo é um álbum constituído por onze faixas que explicam o porquê de muita gente o conhecer como o homem dos mil dedos.
Artistas Semelhantes: José Afonso, António Variações
Esta semana sugiro-vos uma tripla sessão, e esta fica à responsabilidade do senhor Aronofsky. Ele não vos vai desapontar (pelo menos nunca me desapontou a mim). Ora então:
Pi (1998)
Requiem for a Dream - A Vida Não É Um Sonho (2000)
The Fountain – O Último Capítulo (2006)
Foi assim o ano passado:
Amanhã, três filas atrás, espera-se outro grande concerto.
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